segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Cookies : Bolachas de M&M






Não... não são saudáveis. Mas são boas!

Época festiva, o Natal já foi e agora encaminha-se o Ano Novo, mas é uma altura do ano que passo mais tempo na cozinha, não só a comer mas a cozinhar também.

Claro que ajuda eu gostar de dar um miminho meu, por achar que o significado é diferente e bem mais do que ir a uma loja comprar prendas. Não desdenhando os bens materiais, não posso ser cínica ao ponto de dizer que não gosto de os receber, porque gosto, essa é a verdade, vivemos numa época que nos agarramos a bens supérfluos. Atenção: contra mim falo.

Passando este blá blá blá, que todos fazemos quando chega esta altura, muito amor e essas coisas todas... Resumo: Este ano o Kit Natal incluía umas Bolachinhas de M&Ms.



Ora aqui vai !

Ingredientes (para muitas!!! era para oferecer à família por isso fiz estas quantidades):
  • 250g margarina
  • 250g farinha + talvez 50g enquanto ia amassando a massa
  • 125g açúcar amarelo
  • 2 ovos 
  • 1 c. sopa essência de baunilha
  • 125g M&M partidos 
  • 1 c. chá fermento

Adicional: papel vegetal e formas para bolachas

  1. Instruções (que merecem um avental, fiz toda uma bagunça, toda eu era farinha...):
  2. Começar por bater a margarina e o açúcar até ficar cremoso e posteriormente juntar os ovos;
  3. Juntar a essência de baunilha e de seguida a farinha aos poucos, bater até que fique tudo homogéneo;
  4. Juntar o fermento e mexer com uma colher/espátula (instrumento a gosto);
  5. Adicionar os M&Ms partidos ( eu deixei-os no saco e dei-lhes umas valentes porradas com o rolo da massa ) e mexer novamente com o instrumento a gosto; 
Ora agora segue-se o meu bico-de-obra...
  1. Podem deixar a massa assentar um pouco no frigorífico ou começar logo a trabalhar, eu fico muito irrequieta por isso meti logo mãos-à-obra. Colocar um pouco de farinha numa bancada seca e colocar a massa. De seguida vem a brincadeira chata (ou não), amassar. Bem, eu acho que a farinha que usei talvez não tenha sido suficiente e por isso o motivo de dizer que acrescentei possivelmente mais 50 g durante esta fase do processo, enquanto amassava notei que ainda não tinha a consistência pretendida para que desse para moldar e como tal fui acrescentando farinha e amassando na bancada, colocava farinha e ia enrolando e dando voltas. Quando a consistência for a indicada e a massa não colar às mãos em demasia podem começar a utilizar o rolo da massa para a estender e com as forminhas que quiserem começarem a dar forma às bolachas;
  2. Colocar as bolachas no tabuleiro do forno devidamente forrado com papel vegetal e colocar no forno a 180º graus (mas previamente aquecido);
  3. Retirar quando estiverem a ficar douradinhas (entre 10-15 min), mas ter em atenção quanto à grossura das bolachas, se forem fininhas quanto mais douradas mais duras, é todo um jogo de cintura e de gosto nesta fase. As minhas eram gordinhas, pelo que podiam ficar um pouco mais no forno, mas fiz uma fornada mais branquinha e ficam muito ao estilo de biscoitos.


Eu gostei do resultado final mas aviso já que não são muito doces, pelo que quem preferir adicione um pouco mais de açúcar. Algumas decorei com Smarties, agora há muita criançada na família é mais apelativo para os pequenos! 
A ideia original era serem de farinha integral, mas quando fui ao Continente, visto ser véspera de Natal as farinhas tinham desaparecido quase todas. Fica para uma próxima, depois informo do resultado final.

Divirtam-se! Bons cozinhados e Boas corridas.



M.



terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Meia Maratona dos Descobrimentos 2016



Já passaram duas longas semanas...

Não foi por falta de entusiasmo ou alegria que não escrevi antes... 
Foi cansaço, gripe e toda uma preguiça inexplicável.

21,1 km feitos! Oficiais e com direito a uma medalha.
Feliz!
FELIZ!
FELIZ FELIZ FELIZ!

Ainda que andasse a treinar, não a nível perfeito e profissional, mas andava a esforçar-me, o sentimento de falhanço não me largava. Tanto receio, tanta insegurança... Recusei-me a dizer à maior parte das pessoas que o ia fazer, assim guardava para mim caso falhasse. É um sentimento e pensamento absurdo quando o faço apenas por mim e a maior parte das pessoas não tem qualquer interesse se eu corro 1 km, 10 km ou 21 km, mas não sei porquê a partilha a mais mexia comigo, enervava-me...

Dia da prova, madruguei e comi nas calmas, chovia sem parar...

O pai alertou-me de roupa, levar o mínimo, calções, tshirt, quanto mais roupa com a chuva, mais peso... Assim o fiz.

Quando chegámos e me despi, ia morrendo de hipotermia, antes de a prova começar é doloroso. O pai improvisou-me um impermeável/corta vento made by Primark em versão saco de compras gigante, mas foi uma grande ajuda até a prova começar.

Começou!

Da prova quase toda o que me recordo mais sem dúvida é da chuva, os primeiros 12 km foram muito difíceis a esse nível, choveu sempre sem parar, algumas partes chovia de tal forma que parecia que picava na pele, levei uma pala para evitar levar com a chuva toda na cara e foi uma grande ajuda.

Ainda não tinha 5 km feitos e os meus pés eram autênticas piscinas, o percurso foi também um estilo de prova de obstáculos, na tentativa de não colocar directamente os pés numa poça de água e heis que chego aos 10 km e não tenho como evitar uma poça gigante, o percurso estava selado pelas laterais, não havia hipótese senão colocar os pés lá dentro, deve ter sido o único momento dos 21 km que parei, por meros segundos, fiquei sem reacção, deu-me uma paragem de cérebro, pensei, meti os pés dentro de água e continuei. 

Começava a abrandar, a partir dos 10 km comecei a abrandar sem retorno, foi automático, estava cansada obviamente e já pouca forma tinha para brincar com a mente, os primeiros quilómetros ia sempre a pensar, o que iria preparar para o lanche com as miúdas, inventei receitas, pensei na folga merecida que tinha na segunda-feira, pensei que era a minha primeira meia-maratona e que tinha que a fazer. Disse para mim mesma milhões de vezes "Hoje sais daqui com uma medalha de algo que sempre quiseste fazer!" e esse jogo psicológico sem dúvida que me ajudou a chegar ao fim.

O pai...

O pai é sempre a minha salvação, não me deixou parar, foi sempre o meu abastecimento ambulante, obrigava-me a beber água, mas era ele quem ia buscar as garrafas e as levava o percurso inteiro, aos 15 km davam bocados de banana que ele fez questão de tirar a casca e me dar e dizer para comer devagarinho, ainda que eu não quisesse, obrigou-me para reabastecer energias. 

Obrigado! Obrigado! Obrigado! Meu pai!

17km... comecei a querer quebrar. 

(Para quem não sabe o meu joelho desde Outubro de 2015 está a modos que "acidentado", em Dezembro de 2015 fiz uma Ressonância magnética que apresentou danos no menisco e liquido atrás da rótula, que poderiam então provocar a dor aguda que sentia a correr... Na altura ia para França, novo trabalho, nova etapa, não queria ser operada e não queria ter de parar de correr. O que é certo é que todas as vezes que faço corridas mais longas o joelho é sempre um sofrimento e nesta prova foi igual.)

Só queria parar, não sem como explicar, sentia que arrastava a perna esquerda toda, o meu joelho já quase não dobrava, sentia dores horríveis, mas lá está, tentei ao máximo jogar com o psicológico, completar o meu objectivo, mais 4 km não seriam nada, ia ganhar uma medalha, ia completar um objectivo um sonho e ia deixar o pai orgulhoso. Ainda a sofrer e com um ritmo pobre, consegui ir ultrapassando ao longo do tempo imensas pessoas, mesmo na recta final, nestes últimos quilómetros o que deixou feliz, por estar a persistir, por continuar, por lutar.

Ao longo desses quilómetros, sempre que olhava em frente lá ia o pai, a puxar por mim, a fazer-me sinais para avançar, para correr mais, para acelerar, mas poucas forças tinha para o fazer e sempre que me apercebia que ele ia olhar para trás baixava a cabeça porque não queria deixá-lo triste por não estar a lutar mais.

20 km. Só mais 1 km pensava eu. Mais 1 km e pouco. Força! Força! E nesse último quilómetro, não sei como nem porque, utilizei a pouca energia que restava em mim e acelerei o ritmo, ainda que nada de extraordinário, mas fiz um último esforço e aumentei a velocidade.

21 km!
Faltavam 100 metros.
O tanas... demoraram horrores, a meta parecia que não mudava de sítio, que neura!

META! Uauuu!

Mas complicada. E gostava de deixar um alerta:
Quando cheguei à meta 4 a 5 marmelos, felizes, o que compreendo, decidiram ir sentar-se no chão da meta para tirarem fotografias. Obviamente que eu percebo a alegria e a vontade de memorizar isto, mas porra, respeito pelos mais lentos, eu que vinha a correr é que me tinha que andar a desviar dos meninos e a passar quase por cima deles na meta, obviamente que o meu pai os chamou a atenção e estes só souberam reclamar e gozar.
Sei bem que o meu tempo pode parecer ridículo aos demais, mas também o fiz e sei bem o que me custou, se calhar bem mais do que a vocês que os fazem nas calmas em 1h30, mas fogo, as pessoas a chegar e vocês a sentarem-se em cima da meta, uns 4 ou 5 e a dificultarem a passagem e ainda resmungam e gozam, Lá está: zero respeito e más pessoas. Obviamente que o Staff também falhou. É preciso ter de ser eu ou o meu pai a falar? Deviam estar lá para controlar este tipo de situações. Com esta situação nem com foto de chegada fiquei porque estavam lá estes gajos todos. Obrigado queridos.

Bem... esquecendo estas coisas menos boas!
FEITA! 1º MEIA MARATONA OFICIAL!

Ainda que com o meu tempo longo e ritmo desajeitado.
Estou orgulhosa de mim! Estou profundamente feliz!

Agora treinar para fazer mais e melhores.

M.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Subidas Subidas Subidas



Subidas. Subidas. Subidas.

Odeio-as... com muita muita força.
Ultimamente até que as tenho aguentado, tento fazer de conta que não são o que são, quase fecho os olhos na tentativa de se não vir que é a subir talvez não seja. Mas é... sempre.
Ainda que nestes últimos tempos gaste todas as minhas energias para não parar, acontece isso, gasto todas as minhas energias e por norma descontrolo a minha respiração. Entro sempre num ritmo sonoro de inspira-expira ao nível de um remix/beatbox digno de platina, se calhar está na hora de gravar uns sons e procurar uma editora... estou a ver todo um futuro à minha frente.
Merda para a Asma que tem sempre uma parte de mim presa, ainda que neste momento ache que tenho finalmente mais mão nela do que ela em mim, tem dias que ela come espinafres e sente-se o Popeye da vida e com vontade de me agarrar e chatear. 
Os espinafres a mim nunca me deram está força anormal, devo andar a comer os errados...
Descidas?? Onde estão??

M.