quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Decisões

Hoje foi o meu último dia de trabalho.

Há um mês decidi emigrar.

Toda a minha vida vai mudar.

Se foi das decisões mais difíceis da minha vida... Foi. É!

Porque publiquei uma foto a Oficializar a minha saída... e claro, chegaram os comentários, que só vi passado quase 3 horas e foram imediatamente acompanhados de uma tristeza, de um vazio que é impossível descrever.

Quando após entrevistas me deram o "Ok" fiquei radiante, sorria com os dentes todos! Todavia, a cada passo a chegar ao carro os dentes foram desaparecendo... o pai ia ficar longe, a minha língua materna ia ser quase inexistente, o sol ia desaparecer, a praia ia ficar a mais de 2000km de distância... 

Se por um lado queria tanto isto, por outro só me apetecia ganhar raízes e nunca mais daqui sair.

M.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Cookies de Alfarroba e Avelã


Com a brincadeira da baixa tempo livre é coisa que me sobra e como praia não é boa ideia por causa do calor, vou-me entretendo entre caminhadas/corridas e cozinha. Duas paixões.

Ontem estava claramente inspirada, entre muitas coisas que fiz, uma delas foram bolachas de Alfarroba e Avelã e ficaram óptimas!!!

Para quem gosta destas coisas, vou deixar aqui a receita das minhas bolachinhas caso se queiram aventurar.


Ingredientes:
  • 80g manteiga 
  • 80g açúcar mascavado
  • 1 ovo L
  • 100g farinha integral
  • 50g farinha alfarroba
  • 1 colher chá de fermento
  • 50g avelãs partidas em pedaços pequenos


Modo de Preparação:
  1. Pré aquecer o forno a 180º graus;
  2. Bater a manteiga com o açúcar até formar uma espécie de creme;
  3. Juntar o ovo e mexer;
  4. Misturei as farinhas mais o fermento e juntei ao preparado anterior, sempre com a batedeira a mexer;
  5. Mexer com uma colher e adicionar as avelãs deixando cerca de 10g de parte;
  6. Forrar o tabuleiro do forno com papel vegetal;
  7. Fazer bolinhas com a massa, fiz com a ajuda de uma colher de chá, para evitar fazer bolachas grandes;
  8. Colocar as bolinhas todas no tabuleiro do forno forrado com papel vegetal;
  9. Aproveitar as sobras das avelãs e colocar por cima de cada bolinha;
  10. Levar ao forno e deixar cerca de 15 minutos, depois consoante se quiserem mais crocantes ou não deixar mais ou menos tempo.

Esta receita deu-me para 25 bolachas.

A minha casa ficou a cheirar tão bem, que mesmo de nariz 90% entupido, conseguia sentir e de sabor... BRUTAIS! ❤

M.


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Resumo da Semana #3


Estou de baixa.

Estou a morrer de tédio.

A televisão aborrece-me, já não consigo pegar em livros, não posso fazer praia supostamente por causa do calor e noto que se estiver muito tempo activa a coisa não é boa.

Ainda assim o médico de família confirmou que uma caminhada por dia não me fazia mal, mas claro, tudo com muito juízo e atenção a como me sinto.

Esta semana finalmente comecei a conseguir estar mais 'consciente', ou seja, deixar aos poucos de estar no meu modo Bela Adormecida. As dores de cabeça também deixaram de ser tão intensas e a permitir-me ter um dia-a-dia mais normal, pelo que decidi que iria caminhar, sair finalmente de casa. 

2ª feira - 14-08-2017

Primeiro dia que me senti melhor, mesmo assim, esperei até ao final do dia, para ter certezas que me sentia mesmo bem e mesmo assim de manhã e à tarde ainda dormitei. As horas das refeições estavam super alteradas, mas sozinha pouco me importava, aliás até é melhor.

Perto das 16h30 fui equipar-me, mas estava receosa de tal forma, que andei de trás para a frente mil vezes em casa até ganhar coragem para sair. Fui de mochila, tinha que ter tudo, lenços para o nariz por conta das hemorragias, boné para proteger a cabeça do sol, água para o calor e porque estou sempre com a boca seca, telemóvel não fosse dar-me alguma coisa.

Fui para a Quinta do Pisão, muita natureza, serra, bons estradões, sem carros, sem multidões e porque nunca acerto nos caminhos por isso seria uma boa ideia tentar decorar ali uns caminhos e ter mais ao menos ideia dos quilómetros.

Custou-me, sentia-me fraca, sentia a minha pulsação no nariz, fiz umas voltas estranhas mas acho que desta vez fui com atenção suficiente para começar a decorar os caminhos, tirei muitas fotos, andei sem pressão, sem horas, sem me chatear.

Desorientei-me e caí! Eu na minha normalidade já sou uma desastrada, nestas condições já devia ter previsto que algo do género iria acontecer. Esfolei a perna toda, marcas de guerra, A-D-O-R-O.

E o vento? Não sei o que se estava a passar, mas foi um exagero, até tive que tapar os ouvidos porque me estavam a começar a doer.

Terminei com 6km e pouco nas pernas, senti-me orgulhosa.






3ª feira - 15-08-2017

Preguicei, queria ir, mas não tinha vontade. Boa contradição, mas era isto. Queria correr, correr não dava, então ia andar, tinha que sair de casa, nem que fosse uma horinha por dia.

A paragem foi pertinho do Pisão, mas do outro lado, parei na Barragem da Mula, ia aventurar-me por aquelas zonas, quem sabe. Levava o Strava no telemóvel para evitar perder-me, mas mesmo assim é difícil de entender os trilhos, o Strava não mostra muita coisa, mas pelo menos dava para saber para onde me virar quando quisesse retornar.

Comecei sem certezas, de tudo, para onde ir, caminhar...corri, metros, andei, corri um pouco, andei milhões, virei por um trilho interessante e só porque sim, subi e dei com o trilho cortado por mil arbustos, voltei para trás, espreitei no Strava, não via trilhos nenhuns, deixei-me ir pelo estradão principal, subi quase durante 3km, andei e andei, estava super cansada, ofegante, só posso respirar pela boca, tenho o nariz completamente entupido, os ouvidos com o esforço ficam entupidos também, estava vento novamente, mas levei os fones, tinha música para me entreter e dar força na caminhada assim como proteger os ouvidos.

Quando o relógio marcou os 3 km ou perto disso, procurava um trilho o mais rápido possível parar cortar à esquerda, tinha a sensação que subia sem parar e precisava de descansar, de respirar.

Lá virei à esquerda, a descer pelo estradão dei conta de um trilho e espreitei, pelo meio das árvores, parecia-me bem. Aventurei-me. Era um trilho de bicicletas, com muitas rampas, algumas descidas manhosas, mas por ali fui. Cruzei-me com diversas pontes feitas em madeira, pequenas e que facilitavam a passagem. O Trilho das Pontes. O meu pai já o fez dezenas de vezes e até no Strava aparece. 

Era tarde. Mas eu juntei mais 6 km à conta, mesmo que a andar.






5ª feira - 17-08-2017

O pai estava de volta, a minha preguiça também.
Heis que surge o convite de ir fazer uma caminhada até ao Castelo. Achei estranho, o pai a dizer caminhada, qualquer coisa não estava bem, lá me explicou que ia ao treino das Salamandras à noite. Claro.
É Verão. Sintra é linda. Sinónimo de milhões de pessoas.
Queríamos ter começado a caminhada a partir da Vila mas tendo em conta a confusão de carros, optámos por deixar o carro em Sintra mesmo e começar a caminhada dali mesmo.
Na companhia do pai já sei sempre que vou subir, mas também sei que não me vou perder.
Decorei trilho nenhum. Zero. Só decoro caminhos quando vou sozinha, caso contrário limito-me a seguir as 'pegadas' da pessoa da frente.
Atenção: foi uma caminhada que me deixou de rastos, até andar custava, levava as mãos na cintura quando me sentia a desfalecer e em quase todas as subidas houve aquele auxílio de força/equilíbrio com as mão nas pernas enquanto se sobe.
Mais 6km para a conta e desta vez com o papá!






Domingo - 20-08-2017

O fim de semana no fim, merecia mexer-me um pouco.
Acordei sem alarmes, cedo, mas fiz tudo nas calmas. Tomei pequeno-almoço, equipei-me, fiz um pouco de ronha e lá arranquei.
Pensei fazer pelo menos 10 km, mas quando comecei logo desisti da ideia.
Arranquei para o Pisão e decidi que ia tentar correr, devagarinho e parar sempre que fosse necessário.
Comecei logo por uma subida, fiz devagarinho, sem pressão. Estava calor, estava muito calor, mais tarde soube que andei a correr com 30º graus, doida. Ainda me custa respirar, até porque tenho o nariz incapacitado e é super estranho, muito mais a correr. Parei. Parei muitas vezes, tirei muitas fotos, perdi-me, andei para a frente e para trás. O calor estava insuportável, por vezes parava à sombra a beber água, cheguei inclusive a sentar-me, sentia-me a sufocar, havia zonas que parecia estufa, seco, deserto.
A parte final fiz quase toda a andar e completamente acabada, já não podia com o calor 😓.
Quando cheguei ao fim nem acreditei, chutei 10 km para a conta 😁





Foi uma semana mais mexida, o meu nariz tem recuperado bem, ainda me dói e ainda tenho cá os tubos dentro (que tiro amanhã finalmente) pelo que ainda não estou a 100%, mas já me sinto mais eu.

M.


sexta-feira, 18 de agosto de 2017

ouvidos? nariz? septo?

Já referi que por motivos de saúde não posso correr para já...

Ora, desde de Maio que ando a fazer exames, porque sofro um pouco dos ouvidos, muito mais no avião (que obviamente comecei a notar agora porque comecei a viajar), mergulhos e isso, mas ultimamente quando ia correr ficava sempre com os ouvidos entupidos, principalmente o esquerdo, o  que me dá uma sensação de desorientação, não sei bem porquê.

A primeira consulta foi logo muito engraçada, porque quando cheguei lá, achava eu que devia ser daqueles casos que não conseguem limpar bem os ouvidos e que ele com um instrumento xpto me iria limpar o ouvido e o meu problema ficava logo resolvido. 
Não. Primeiro falhanço. 
Lá me examinou os ouvidos e me disse "Limpa demasiado os ouvidos", esperem, eu não sabia que isso existia, limpar demais os ouvidos, ora, aparentemente não devemos limpar os ouvidos todos os dias porque os deixamos desprotegidos.
Segundo falhanço.
"Respira bem?" 
Esta para mim era fácil, Não, tenho asma-brônquica alérgica.
"Mas no nariz mesmo, sente dificuldades?"
Depende, se estou com alergias, e estou muitas vezes entupida.
"Há alguma narina que seja pior?"
Nunca pensei muito nisso mas (eu a inspirar no meio do consultório) esta! A Esquerda.
"Normal. Tem o septo desviado de tal forma que essa narina quase não deve inspirar ar e como os canais estão todos ligados isso cria infecções a nível dos ouvidos."
Caiu-me o queixo. Terceiro falhanço.

Não querendo divagar muito, que é a minha tendência, fiz uma TAC ao septo nasal e ainda um exame em que o senhor Dr não foi muito simpático e meteu-me umas coisas pelas narinas dentro depois de uma spray super forte que me fez chorar e durou para aí umas 3 horas a desaparecer o efeito.

Conclusão:

O meu nariz por si só é pequeno, pelo que as minhas narinas também o são, tendo em conta que uma está obstruída a minha respiração pelo nariz é muito fraca, disse-me também que faz com que a minha rinite seja assim para o agressiva. Ainda me falou dos cornetos não sei do que e das mucocas e tudo mais, mas eu já estava perdida no meio disto tudo.

Disse-me que tinha que fazer uma Septoplastia, porque o meu desvio era muito acentuado e dificultava-me a respiração.

Pergunta da praxe : VOU CONSEGUIR CORRER MELHOR???

Quarto falhanço.

"Se não tivesse Asma, dava-lhe todas as certezas. Agora confirmo que vai melhorar a sua respiração e quem sabe melhorar na corrida, mas a Asma continua ai. Vai respirar melhor e as alergias vão melhorar isso é certo."

Estou de baixa. Os primeiros 2/3 dias em casa foram um sofrimento, muitas enxaquecas e eu só me lembro de ter perguntado ao médico se podia ir correr, disse-me para ter calma na primeira semana, mas que nos 2 primeiros dias não ia certamente ter vontade de o fazer. Ora, claro que não, tais eram as dores de cabeça, passei os dias a dormir, acordava, bebia água, gelo na testa, dormia, acordava, água, comia papas, gelo na cabeça, dormia, etc... Domingo lá me comecei a sentir melhor e a estar mais tempo acordada.

Agora aguarda-me esperar para ver, neste momento ainda estou em recuperação.

Em jeito de tira dúvidas, porque há pessoas tolas, que adoram falar da vida dos outros sem saber e sem se informar. Não fiz nenhuma operação plástica, fiz uma mini cirurgia endonasal, ou seja, tudo por dentro, sem deixar cicatrizes e tudo mais, sem mexer ossos e essas coisas de plástica. Internamente corrigiram-me o desvio do septo e o que já consigo visualizar é que a minha narina esquerda está tão aberta quanto a direita, o que antes não se verificava, mas nunca pensei que afectasse a minha respiração.

Agora que começo a sentir-me um pouco melhor e com mais forças, quero ver se faço pelo menos umas caminhadas, mas com juízo. Não posso apanhar sol nem exagerar nos esforços e quero mesmo recuperar como deve de ser e fazer tudo direitinho.

M.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

TREINO CORRER LISBOA - 2017.07.25


A minha Mary já me tinha falado destes treinos, assim como os da ASICS são gratuitos e há vários grupos para os diferentes ritmos, lá me convenceu, se bem que para mim é sempre um pouco chato tendo em conta que moro em Sintra, mas pronto, convenceu-me com os casifos, com serem apenas 45 minutos e porque é Correr.

3ª FEIRA

Lá vou eu com a casa às costas, de Sintra o comboio faz-se bem porque sou a primeira a entrar, já a troca do comboio para o metro… é só uma das partes mais assustadoras do meu dia, a contar com o cheiro a suor, má disposição matinal, má educação, agressividade, é a versão metropolitana dos “Hunger Games”, Top! 
Sobrevivi e cheguei ao escritório inteira e com os meus pertences.

Ao final do dia, como saí cedo, achei que por bem iria a pé ter com a Mary e pensei sempre que o ponto de encontro da corrida fosse relativamente perto do trabalho dela e como tal não havia necessidade de transportes… a brincar, a brincar, devo ter feito 4 km a andar, antes de ir correr… bom aquecimento, eu diria.

Seguiu-se a pesquisa intensa dos casifos, balneário era tranquilo que eu tinha trocado de roupas às escondidas no trabalho e fui com a ‘fezada’ de que ninguém me ia apanhar, claro que à saída do edifício levei com alguns olhares de quem não percebeu de onde apareci. 
O certo é que nem balneário, nem casifos. Ora afinal a coisa funcionava de forma diferente daquela que pensávamos, para aceder aos casifos tínhamos obrigatoriamente de aceder ao balneário – tudo bem – até que nos informam: € 1,5 balneário e € 1 casifos. Sabendo que não ia usufruir do balneário não me fazia sentido ter de pagar aquele € 1,5, de todo. A minha Mary lá lhes deu a volta e abriram-nos uma excepção de guardar os nossos pertences, com o aviso que se demorássemos mais do que 1 hora eles começavam a vender os nossos objectos. Foram uns ‘porreiraços’, que eu já estava a ficar com a neura de vir de Sintra com a casa às costas e sem razão aparente.
Resolvido o nosso problema, lá fomos para o ponto de encontro. 

Sim, confere, imensas pessoas, de todo o tipo.
Fomos no grupo mais fraquito, de 6:30 m/km e mesmo assim fomos mais vagarosos do que o estipulado, eu sentia-me especialmente cansada (o que tem acontecido frequentemente) e arrastei-me um pouco no treino.

A nível de percurso, não é nada de extraordinário, o ponto de encontro é às 19h15 à entrada do Estádio Universitário (na escadaria), damos umas voltinhas junto ao Estádio, fomos até ao parque do Campo Grande e por aí, não adorei, mas claro, estes treinos são óptimos para motivar e vencer a preguiça, conhecem-se novas pessoas, ou não, tendo em conta a quantidade de pessoas, que acaba por tornar mais difícil a interacção.

Não sendo a minha opção número 1, não a descarto por completo, exactamente por ajudar a combater a preguiça, às vezes ter com quem correr ajuda a manter o ritmo. Uma coisa boa é também terem os vários ritmos, o que significa que evita que os mais rápidos fiquem prejudicados, sendo que têm o próprio grupo de pessoas com o mesmo nível, também pode ser útil para as pessoas mais lentas que começam gradualmente a melhorar o ritmo e têm sempre a oportunidade de começar a correr noutros grupos e de certa forma sentir-me motivada pela “ascensão”.



Foi mais uma experiência para mim e sempre deu para meter mais 6 km na ‘conta’.

M.



segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Resumo da Semana #2



A rubrica vai ser curta, por motivos de saúde só me foi possível treinar 2 vezes, mas foram dois treinos loucos, um com o pai e outro com a nossa blogger Fabiana e o seu M..

3ª feira - 08-08-2017

Cruzei-me com o pai no comboio, chegámos na mesma altura o que não é normal, manifestei que queria correr, até queria ir para o Pisão porque sou tão fraca com os caminhos lá e que gostava de ver se os começava a memorizar. Disse-me que alinhava, houve ali provavelmente uma troca de palavras que não foi bem recebida, porque afinal ele disse só que alinhava ir correr, não no Pisão... enfim, pormenores.

Lá nos fizemos à estrada, com o caminho acordado de que seria até ao Palácio da Regaleira e voltar, seria à volta de 7 km. Ao chegarmos ao Lawrence percebemos que algo se passava porque havia polícia a cortar a estrada e mais à frente lá avistámos os bombeiros, problemas com árvores caídas, conclusão foi que demos meia volta e nisto o pai diz "Vamos fazer a estrada para o Castelo", já nem me recordo se resmunguei, se suspirei ou se simplesmente ignorei, sei certamente que revirei os olhos, isso é quase automático em mim, não há hipótese.

Seguimos em direcção à Fonte da Sabuga, quando pensei que iríamos cortar à esquerda, não aconteceu, continuámos a subir, pensei que iríamos cortar na Quinta das Murtas, só que não, continuámos a subir. Tentei, tentei ao máximo nunca quebrar, mas quando estávamos a chegar quase à Igreja de S. Pedro, não aguentei e tive que fazer uns 500 metros a andar, assim que a subida terminou retomei o ritmo, mas estava toda partida das pernas já.

Lá demos a volta pelo café Natália (só apetecia ficar pela esplanada) e seguíamos em direcção ao café do Preto, mas o pai perguntou se podíamos cortar pelas ruas de trás para não apanhar tantos carros, concordei, não que seja significante, acho que ele iria para lá mesmo sem o meu consentimento. Já me tinha mentalizado que a partir do café do Preto era tudo a descer, mas tendo em conta que o pai decidiu cortar caminho a coisa não foi assim tão fácil, claro que já não houve as subidas como no início, mas também não era a descer como eu tanto queria.

Cortámos ainda à direita para a Portela de Sintra, passei pertinho da minha (ex) secundária, continuámos e juro que por instantes pensei que o meu pai ainda me queria pôr a fazer a ciclovia que vai até Mem-Martins, senti que as minhas pernas começavam a transformar-se em gelatina, mas... ele virou, ufaaaa, porque não sei se me sentia preparada para tanto, ainda para mais só tínhamos combinado 7 km e eu tinha combinado ir correr (tentar) com a Fabiana para Sintra no dia a seguir. O meu pai sabe mesmo escolher os dias para puxar por mim.

Foi isto, o mero treino com o meu pai:




4ª feira - 09-08-2017

As coisas boas acontecem de maneiras que nos surpreendem.

Voltei a estar activa na 'blogosfera' e a seguir pessoas com os meus interesses, dicas para as minhas corridas e por ai, e assim acabei por descobrir a Fabiana do blog Correr pelos Dois, ou ela descobriu-me a mim, e fomos-nos seguindo, com uma publicação e outra, ela ficou a saber que eu sou de Sintra e eu a saber o gosto que ela ganhou de vir aqui para as zonas. Aquele gosto do qual eu refilo muitas vezes, mas sei que de paisagem e trilhos o que tenho é do melhor, mas às vezes para esticar as canelas é desmotivante. 

Por entre muito receio de a atrapalhar, principalmente porque vi o percurso planeado, estudei-o no Strava (o pai ensinou-me a criar as rotas quando estive em Paris e isso dá-me cá um jeitão) e acusou um desnível +400 aproximadamente, senti logo as canelas a tremer, eu a vacilar e a pensar abortar missão. A Fabiana foi incrível, deu-me força e ignorou o facto de existirem fortes probabilidades de eu parar durante a corrida.

Ponto de Encontro : largo de S. Pedro.
Lá estava eu, meio sem jeito, meio sem saber o que esperar, ao fim de um tempo uma pessoa equipada lá me acena, mal que fosse que não fosse para mim, quase que hesitei mas olhei em volta e achei que não faria sentido o rapaz estar a acenar só porque sim. Ora, era o M. (atenção ao detalhe do artigo 'o') e uns metros atrás, a Fabiana,

Não houve qualquer estranheza, ao menos nisto a corrida deve juntar os mais loucos, e logo desde início falámos imenso. Claro, que abordei logo o assunto percurso com subidas, apercebi-me que fui apanhada no meio de uma "picardia" e que portanto este percurso foi feito pelo M. para picar a Fabiana porque ela puxa por ele nos treinos planos. Senhores que eu não tenhos pulmões para isto!!

Não tenho como dizer de outra forma. Sintra é Mágica! E eu adoro de coração a minha terra, não há paisagens como estas! Fomos à Sabuga, fizemos o ziguezague da Vila Sassetti, subimos milhões de escadas até ao Castelo dos Mouros, ainda numa loucura subimos até Santa Eufémia.






Tivemos direito a um fotógrafo incrível, pelo que pela primeira vez tenho imensas fotos para recordar esta brincadeira. Obrigado.

Infelizmente, as pernas e os pulmões não aguentam, houve muitas escadas, muita subida e andei muito, mas não mudou nem um pouco a aventura. Foi muito engraçada, divertida, animada e muito boa de partilhar com pessoas que gostam do mesmo e que ignorando os ritmos, a competição e tudo mais foram só numa de mexer as pernas e descobrir os trilhos de Sintra.

Poderão ler sobre este treino aqui, pelas palavras da Fabiana em que o título diz tudo:
- "Morri... E levei a Asmática comigo!"
Confere!




Deixem-me só recuperar e quero mais e mais!



M.

domingo, 13 de agosto de 2017

TREINOS ASICS – 01-07-2017 / 08-07-2017 / 15-07-2017

Andava eu novamente em formações, desta vez pela zona do Colombo, e tendo em conta a falta de respeito e de saber estar de algumas pessoas presentes na formação, a mesma tornou-se horrivelmente maçadora. O tema era interessante e relevante para o meu trabalho, no entanto tornou-se praticamente impossível que a minha concentração se mantivesse focada naquela formação.

Melhor amigos – Facebook e Instagram

Andava eu naquele vício interminável dos dias de hoje, fazer scroll ao facebook, que heis que me aparece alguma coisa interessante. Treinos grátis com a ASICS aos sábados às 9h da manhã, a começarem ali no Colombo, estava mesmo a precisar de uma dose de motivação porque não tentar?!

Claro que depois tenho todo aquele drama do sou lenta, tenho asma, ninguém tem paciência para mim, serei um estorvo, etc… muito em versão drama Queen. De forma a precaver-me para não ficar desolada, achei por bem enviar uma mensagem para o grupo a questionar os ritmos e altimetria dos treinos.

Resposta? Zero.

Estava a ficar aborrecida com a falta de resposta visto que estava com a gula para fazer o treino e quando estou com a gula tenho que “ter” (é por isso que devo ser gorda. Vá roliça). Mas, aii… que eu quando sou chata, sou incrivelmente chata. Vamos à loja perguntar! Dito e feito, mas o rapaz que lá estava não sabia esses pormenores pelo que ficou com o meu contacto para ao outro rapazito me contactar, isto porque o coitado disse-me “Ah ritmo de 5min/km” e eu dei aquele toque no braço com extrema simpatia acompanhado de “Ah ‘tá! Txauzinho”, mas ele não me deixou fugir e disse que não tinha certezas e para esperar que ele ia confirmar.

Ora assim que saí da loja não é que já me tinham respondido?! Andava eu ali a apontar dedos a dizer que ninguém me respondia, ninguém queria saber de mim e afinal até já me tinham respondido há 1 hora, mas aqui a gorda estava a almoçar lembrou-se lá de verificar se já tinha resposta. Ainda assim, com resposta no facebook, recebi também chamada a confirmar que tinham um grupo mais lento por volta dos 6:30m/km e que não havia subidas e que mesmo que fosse mais lenta eles acompanhavam, ninguém ficava esquecido ou desamparado. Pronto, aqui com um pouco mais de alento lá decidi que me iria aventurar e levar uma companheira, que chateei logo a minha Mary. Aliás, chateei não! Fui uma boa amiga, a princesa sabe que tem que treinar para cumprir os objectivos a que se propôs.

Ora até à data já fui a 3 treinos, que foram crescendo de um dia para o outro, palavra passa palavra e cada vez mais desportistas aparecem para treinar um bocadinho, conhecer novas pessoas, ter companhia para correr e falar (ou resmungar).

01-07-2017 – Em jeito envergonhado, lá fomos as duas, avisámos logo das nossas fracas capacidades de corrida profissional e de falta de força nas pernas para as subidas. O nosso guia era um artista, muito engraçado, bem disposto e sempre na dele, tão na dele que mesmo eu avisando que tenho asma, que as subidas são um massacre e mesmo tendo ele um percurso definido, ignorou tudo isso e como se interessou por um caminho por onde passámos que se assemelhava a trilhos, pumba!, não vai de modos e troca-nos as voltas! Resmungámos! Vá, eu e a Mary! Foi logo uma praxe para o primeiro treino, mas ele esteve sempre junto a nós e a incentivar-nos. 8,5 km feitos de uma forma diferente e com muito companheirismo.


07-07-2017 – Depois do primeiro achamos que já somos da casa, já fazemos disto há mil anos, tudo tranquilo, somos as maiores. O tempo estava esquisito, meio nublado, frescote… PERFEITO! Para mim claro, adoro que não esteja calor, não quero frio, mas sem sol a coisa faz-se bem melhor. Tanto que dos 3 foi o treino em que me senti melhor. Mas neste os guias abandonaram-nos, ninguém queria ir ao nosso ritmo alucinante, pelo que o percurso foi feito assim meio sem noção e pelos que levam nota máxima de assiduidade nos treinos e como tal têm direito a ser guias quando os mesmos não podem. 8,6 km e nós entretidas.




15-07-2017 – Este treino foi o pior, não treinei nada durante a semana e na 6ª feira o meu pai convidou-me para irmos correr e lá fui eu, a pensar em estrada e descidas e ele mete-me em trilhos e subidas. 10 km feitos no mato às 20 horas, foi chegar a casa, comer, xixi e cama. Claro com menos de 12 horas entre cada treino, as minhas pernas estavam cansadas antes de eu começar a correr. E fomos até ao Parque Eduardo VII, eu sei que não houve subidas assim tão relevantes, mas da forma que eu tinha as pernas a coisa tornou-se um pouco dolorosa e tive mesmo que parar durante 300 metros. Entretanto perdemos o nosso guia, conforme ele disse ninguém fica esquecido e como tínhamos uma iniciada ela era menos rápida e ele ficou sempre a acompanhar a senhora. Impecável! 8,9 Km e eu não podia ir conviver porque me esperava uma despedida de solteira.




Até à data não fiz mais nenhum treino, os fins de semanas estão a modos que ocupados, Paris, Barragem, Baptizado… Espero ainda fazer um treininho antes de arrancar para Paris de vez.
É difícil explicar este tipo de motivação, é como uma obrigação sem o ser, no sentido de a cabeça e corpo sabem que tens naquele dia, naquela hora algo “agendado” e parece q não podes faltar, como o trabalho, a escola, mas sem a parte do “seca”. Assim, naqueles sábados que a preguiça tenta falar mais alto, sabendo que temos algo “marcado” parece que a preguiça fica sem pio e acabamos por ir, correr e falar muito. Até agora achei uma experiência muito boa e quero mesmo voltar a fazer um treino!

P.S. Há sempre sorteio no final do treino e podem ganhar uma peça de roupa da ASICS, a minha Mary já ganhou!

M.


quarta-feira, 9 de agosto de 2017

10KM L'ÉQUIPE - 10KM - 11.06.2017



Uma corridinha oficial no último dia de férias antes de arrancar para Portugal!

Why not?!

Já vinha cansada, já vinha dorida, a minha perna direita acusava uma lesão mas eu casmurra, parva e tudo mais,queria fazer a corrida porque sim, fiz.

Aiiii Paris... Tu sabes que vou para aí e ainda brincas comigo.
2 meses a viver em Paris e um frio de rachar, ok, era pleno Inverno, mas já fui lá por outras diversas situações e foi sempre assim frio, cinzento, no máximo ameno.

Calor! Calor! Muito calor! Que brincadeira.

Multidão. Muita gente mesmo, nunca pensei. Depois calor, pessoas, mais calor ainda, estava a começar a ficar impaciente, ainda por cima estava com a neura da perna, depois o calor, a minha cabeça já não parava.

Muito atraso, sendo que me coloco sempre nos que partem +60, até darem partida ao meu grupo demora horas, se não me engano partimos perto das 11 horas, debaixo de sol (neura!).

Partida!

Lá fui eu. Ao meu ritmo, com a cabeça a mil, com telemóvel a contar (de férias não tinha como actualizar o relógio e a aplicação no telemóvel desde que foi actualizada é manhosa e nem sempre me actualiza o relógio pelo que por via das dúvidas fui logo de telemóvel).

Sentia-me pesada, a dor da perna veio logo, nem foi preciso correr muito, foi certinha. Comecei a sentir-me pesada, cheia de calor, com a cabeça focada na dor, sentia-me pesada e a correr devagar, estava a ficar chateada comigo mesma, estava a ficar desmotivada, estava a ficar estoirada... estava a ficar tudo bolas!

Não olhei quase para o caminho, pouco me lembro, lembro-me da Place de Madeleine e que pouco antes disso ouvi música brasileira, queria sorrir, bater palmas, festejar, mas sentia-me tão pesada que deixei-me ir na minha, com medo que qualquer movimento que não fizesse parte de corrida me deixasse KO, então foquei em correr, não fazer mais nada, tirando nos abastecimentos tirar uma garrafa de água e eu odeio correr com coisas na mão, mas nesta corrida andei com uma garrafinha sempre, dando golinhos pequeninos ao longo do percurso, hidratando os lábios que é algo que me deixa enervada, a secura na boca/lábios. Lembro-me de passar o Jardin des Tuileries, mas apenas quando já estávamos a voltar para trás e recordo-me também que o fim foi sempre junto ao rio Sena, e era eu, a minha garrafinha e o T., que andava lá tranquilo e fresquinho da vida, raça do miúdo e da sua resistência.

Houve sempre imensas pessoas a assistir, na zona final então era absurdo, muitas pessoas na rua mesmo, mas eu estava sem energias para analisar a prova e espaço assim com tanta atenção.

Lá comecei a sair de perto do rio, uma mini subida, tipo 2 metros mas pareceu-me a Serra da Estrela naquela altura, a minha perna doía tanto, cada vez me sentia mais a arrastar... mas cheguei, era já ali o final.

Meta. Finalmente.

Engraçado, média de 6:13m/km, foram só os meus melhores 10 km, ainda bem que me sentia pesada e que a minha perna estava toda amassada. Menos mal, deu para ganhar uma motivação extra e sentir-me feliz !






Curiosidade... Heis que na meta me cruzo com a minha futura manager. Mundo pequeno. E uma M. envergonhada.

M.


terça-feira, 8 de agosto de 2017

o meu pai é louco...

O meu pai é louco. LOUCO!

Ahhh...

E vento! Muito vento.

Pronto, era isto.

M.

CORRER LÁ FORA - SARDENHA (ITÁLIA)



A minha única semana de férias deste ano !!

O que eu planeei para as férias? Correr todos os dias!

Sei que há quem diga que não é muito saudável e que o corpo tem de descansar, mas eu estava de férias apenas uma semana, a única altura em que não tinha horários para nada, porque não havia eu de aproveitar?!

Dito e feito, pela primeira vez na minha vida, todos os dias das minhas férias eu fiz uma corridinha, por mais curta que fosse, mas todos os dias estiquei as pernas. Ainda bem, tendo em conta que fui de férias, também significou comer muito, coisas gordas e gostosas, pizzas e foccacias, afinal de contas estava em Itália.

Sábado (03-06-2017)  – Em Paris, onde ia apanhar posteriormente voo para Cagliari, Sardenha, Itália. O T. foi jogar ténis e eu por muito que adore vê-lo jogar aproveitei para ir fazer uma corridinha e juntar à minha conta 10 km e mesmo assim ainda o consegui ver ganhar, depois de um jogo dificílimo.


Domingo (04-06-2017) – Chegámos a Sardenha na noite anterior, estava doida para fazer um treininho por aqui, ter uma corridinha noutro país, ver a distância do circuito do nosso hotel. O T. foi jogar à bola e eu aproveitei-me da situação.


2ª Feira (05-06-2017) – Tínhamos uma corrida no Domingo e o T. não corria desde Março então lá lhe dei a dica para vir comigo, mas ele e a corrida não são apaixonados, logo ele não entende as minhas decisões quanto à corrida e fomos fazer uma corrida em versão amuados, mas ao menos fomos…
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3ª Feira (06-06-2017)  – Fomos tentar jogar ténis, claro que eu sou uma naba, mas sempre me mexi um pouco e ainda acertei nas bolas, o que por si só já não é mau. Como já estava equipada aproveitei para dar uma voltinha.


4ª Feira (07-06-2017)  – Estava muito calor, mas tendo em conta tudo o que andava a enfardar tinha mesmo que me mexer, senão ia voltar de Sardenha a ocupar o meu lugar e o do T. no avião.

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5ª Feira (08-06-2017)  – Não devia ir correr, na 4ª feira tinha-me começado a doer a perna direita, por baixo do gémeo, doía-me imenso. Não sei se a dor veio de andar a correr todos os dias e o corpo não estar habituado, se seriam os ténis que estavam mais apertados que o normal… mas depois só pensava que queria correr todos os dias, mesmo que fossem só 3 km e bem lentinhos e não ignorando o facto de andar a comer que nem um porco… oops… Para mudar os ares, decidi que iria dar a volta ao lago ao lado do Hotel.



6ª Feira (09-06-2017)  – 7h da manhã e eu não conseguia dormir e era basicamente o nosso último dia a sério em Sardenha, pelo que ir correr pela manhã não ia estragar nenhum plano para o dia, ficava logo o assunto arrumado. Ganhei forças, equipei-me, já fazia imenso calor, hoje iria sair daquela zona do Hotel. Acabei por ir para Sul, o mais que me foi possível e foi incrível!
  


Sábado (10-06-2017) – Hoje apanhava voo de volta para Paris, em jeito de despedida às 8h da manhã dei uma voltinha pequenina de despedida a Sardenha, até porque a minha perna ainda me doía e Domingo era dia de prova.


Domingo (11-06-2017) – De volta a Paris, último dia de férias e com avião para Lisboa! Comecei as férias com 10km e terminei-as da mesma forma, com mais 10km. Continuava com dores na perna, achei que estava a fazer um tempo péssimo, mas por incrível que parece foi um dos meus melhores tempos nos 10km.



Mas esta corrida fica para uma outra publicação!

M.